http://pensadorlobo.blogspot.pt/
http://www.youtube.com/watch?v=AUaAOJCeAAA&feature=share&list=PL07FEBB7F95D79F99
CONCLUSÃO
PARALELISMOS e COINCIDÊNCIAS
Todas no CRAVO ,,,NENHUMA na FERRADURA
Walking Around
Acontece que me canso de meus pés e de minhas unhas,
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.
do meu cabelo e até da minha sombra.
Acontece que me canso de ser homem.
Todavia, seria delicioso
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.
assustar um notário com um lírio cortado
ou matar uma freira com um soco na orelha.
Seria belo
ir pelas ruas com uma faca verde
e aos gritos até morrer de frio.
Passeio calmamente, com olhos, com sapatos,
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas.
com fúria e esquecimento,
passo, atravesso escritórios e lojas ortopédicas,
e pátios onde há roupa pendurada num arame:
cuecas, toalhas e camisas que choram
lentas lágrimas sórdidas.
CHORA, CHORA E DEIXA O BEM PREVALECER
Feliz aquele que vive sem preocupações
Com ouro armazenado em domínio vasto,
E não presta atenção aos salpicos da chuva
E à queda estrondosa das árvores da mata.
Feliz aquele que em tempo algum conheceu
O árduo trabalho dos anos de penúria,
Um pai encandecido pelo pranto e pesar
Uma mãe, sozinha, a soluçar.
Mas feliz aquele cujos pés pisaram
A estrada cansativa do trabalho e da luta,
Mas que constrói das tristezas de sua vida
Escadas para de Deus se aproximar.
Feliz aquele que em tempo algum conheceu
O árduo trabalho dos anos de penúria,
Um pai encandecido pelo pranto e pesar
Uma mãe, sozinha, a soluçar.
Mas feliz aquele cujos pés pisaram
A estrada cansativa do trabalho e da luta,
Mas que constrói das tristezas de sua vida
Escadas para de Deus se aproximar.
OSCAR WILDE
In:"Obra Completa"
A
Coragem de Seres Só
Uma arma de triunfo te dei, sobre todas as outras: a coragem de seres
só; deixou de te afectar como argumento ou força esmagadora a alheia
opinião, as ligeiras correntes e os redemoinhos do mar; rocha pequena,
mas segura, sobre ti se hão-de erguer, para que vençam a noite, as
luzes salvadoras; não te prendem os louvores dos que te querem aliado,
nem as ameaças dos contrários; traçaste a tua rota e hás-de segui-la
até ao fim, sem que te desviem as variadas pressões. Só e constante,
mesmo em face do tempo; os anos que rolam tu os consideras elemento de
experiência; para os homens futuros episódios sem valor; se eles te
abaterem, só terão abatido o que há de menos valioso; e contribuirão
para que melhor se afirme o que puseste como lição da tua vida; a
muitos absorve o actual; mas a ti, que tens como tua grande linha de
cultura, e porventura tua alma, a posse das largas perspectivas, a
hora começando te vê firme e firme te abandona. Nenhuma estóica
rigidez neste teu porte; antes a compassada lentidão, a facilidade
maleável de bom ginasta; não é por amor da Humanidade que hás-de
perder as mais fundas qualidades de homem. Em tal espelho me revejo,
eu que tomei tua alma incerta e a guiei; e contemplo como doce
oferenda, como a mais bela visão que me poderias conceder, a clara
manhã que já de ti desponta e lentamente progredindo há-de acabar por
embalar o universo nos seus braços de luz.
Agostinho da Silva, in 'Considerações'
Uma LIÇÃO de
PEDAGOGIA por EXCELÊNCIA
Do PASSADO
HOMENAGEM ao HOMEM, ao PEDAGOGO e ao SONHADOR
CALVET de MAGALHÃES
8/03/1913-29/08/1974
Porquê CALVET??!
Muito SIMPLES,,, porque tive a sorte de ter Calvet de Magalhães na minha VIDA??!. desde o primeiro dia em que me apresentei a "Sério" numa ESCOLA para leccionar, no longínquo ano de 1977 (...Tinha já trabalhado umas horas na Escola Sebastião da Gama em Estremoz). Foi aqui que um antigo PROFESSOR viu em mim talento para o MUNDO das ARTES, PROFESSOR dinâmico, autêntico...e GENIAL de coração e entrega à PROFISSÃO.APONTOU-ME o DEDO de IMEDIATO ...,,,,,;;;;;>>>>>-Tu vais é para a ANTÓNIO ARROIO, Já!!! e assim foi. JOÃO BARBAS, PROFESSOR de Educação Física, a PESSOA mais importante da minha VIDA logo "JUNTINHO" à minha FAMÍLIA de sangue melhor dizendo: ele foi o "MEU PAI SENTIMENTAL".Devo-lhe este exemplar percurso de DOCENTE.
E o MUNDO ABRIU-SE ao pequeno rapaz que, num ALENTEJO profundamente isolado vivia sem grandes perspectivas de futuro assim como todos os jovens da minha geração, filhos de trabalhadores.
A entrada na ANTÓNIO ARROIO, ESCOLA de ARTE por EXCELÊNCIA, transformou o "Já HOMEM FEITO" num aluno acima da média.
Surpreendente a transformação no interior desta personagem, que nunca tinha ido muito longe no que diz respeito a avaliações. Um RAPAZ sem grandes ambições e poucos SONHOS (,,,quem os tinha naquele TEMPO??!)-talvez empregado de BALCÃO na MERCEARIA do VIZINHO ou de mesa no café das esquina ou outra coisa qualquer- nada de muito claro nas gerações de 60.
A Professora PRIMÁRIA e o Padre seriam nessa altura, símbolos a seguir depois dos jogadores de futebol, e de hóquei em Patins. Também gostávamos de ser "COW-BOYS" ...eu sempre gostei mais dos ÍNDIOS, talvez pela sua CORAGEM e BELEZA FÍSICA.
Foi com toda esta força interior que terminei a António Arroio com uma das melhores médias finais . O Electricista do GERAL, de 11 valores, transformou-se no ESTUDANTE de ARTES LISBOETA com a média de 17 Valores.
Refiro-me aqui a números (,,,DETESTO NÚMEROS) para melhor ser claro da viagem que fiz de seguida. Os Cursos da António Arroio estavam direccionados para o Ensino, por ali passaram grandes nomes da Arte Portuguesa Contemporânea: Júlio Pomar, Querubim Lapa, Lino António, Cruzeiro Seixas, Manuel Cargaleiro, Artur Bual, Mário Cesariniy entre muitos outros.
O Homem das canções PAULO GONZO também por lá andava nesses tempos de SETENTA, com uma Viola pendurada no ombro direito.
A história da elevada média , facilitou a entrada na primeira ESCOLA da LISTA de CONCURSO... FRANCISCO ARRUDA no alto da AJUDA, o LUGAR onde me deparei com o "ESPÍRITO" de CALVET de Magalhães e onde fiquei boquiaberto perante o "MUNDO" que restava dos tempos recentes desse grande MOTIVADOR de ENTUSIASMO.
A FRASE que me ficou a "MARTELAR" na mente foi:
Deste meu princípio de vida como PROFESSOR, ficou-me o tique de REFERÊNCIA que é bem claro nos meus escritos anteriores quando me refiro à actual ESCOLA onde passei os últimos 20 anos. A MINHA ESCOLA...nunca quis ter uma ESCOLA, ser dono de alguma coisa,,, entregar-me de CORPO e ALMA, isso SIM. E PARTILHAR, PARTILHAR sempre.
Segui de uma forma consciente o CAMINHO de CALVET, penso que o "superei, SUPERÁMOS", com alguma margem no que diz respeito à parte material dos nossos GESTOS, só neste ponto... Refiro-me à construção de OBRAS e instalações ARTÍSTICAS no espaço escolar- também aqui não estou muito seguro .... pois os ventos do pós revolução poderiam ter destruído os FEITOS deste ARTISTA PROFESSOR na FRANCISCO ARRUDA.
Lembro-me claramente, dos Painéis de azulejos, espalhados pelos corredores e no refeitório, com frases de grandes pensadores que incutiam nos jovens continuidade e triunfo. Mas, este HOMEM estava lá presente, em toda a ORGANIZAÇÃO e imagem .
Mágica a sua PRESENÇA.
Soube do seu fim TRÁGICO, e sei hoje,a realidade dos factos, depois de ter lido os textos PROFUNDOS em baixo, de pessoas sensíveis à obra deste HOMEM ÍMPAR.
Só fui docente na Francisco Arruda um ano, mas o suficiente para ESTRUTURAR o SONHO que persistiu até HOJE e que aos poucos se vem desvanecendo impregnado de dúvidas e SOLIDÃO pela NUVEM NEGRA vazia do desânimo, da INCAPACIDADE de SORRIR e de continuar na procura do que está para além da mediania. A nuvem representa na HISTÓRIA que contarei de seguida o PIOR do SER HUMANO.
COM ORGULHO:-EU FUI um CONTINUADOR de CALVET, sem nunca o ter conhecido.
Calvet nas PONTAS dos DEDOS dos OUTROS.
Porquê CALVET??!
Muito SIMPLES,,, porque tive a sorte de ter Calvet de Magalhães na minha VIDA??!. desde o primeiro dia em que me apresentei a "Sério" numa ESCOLA para leccionar, no longínquo ano de 1977 (...Tinha já trabalhado umas horas na Escola Sebastião da Gama em Estremoz). Foi aqui que um antigo PROFESSOR viu em mim talento para o MUNDO das ARTES, PROFESSOR dinâmico, autêntico...e GENIAL de coração e entrega à PROFISSÃO.APONTOU-ME o DEDO de IMEDIATO ...,,,,,;;;;;>>>>>-Tu vais é para a ANTÓNIO ARROIO, Já!!! e assim foi. JOÃO BARBAS, PROFESSOR de Educação Física, a PESSOA mais importante da minha VIDA logo "JUNTINHO" à minha FAMÍLIA de sangue melhor dizendo: ele foi o "MEU PAI SENTIMENTAL".Devo-lhe este exemplar percurso de DOCENTE.
E o MUNDO ABRIU-SE ao pequeno rapaz que, num ALENTEJO profundamente isolado vivia sem grandes perspectivas de futuro assim como todos os jovens da minha geração, filhos de trabalhadores.
A entrada na ANTÓNIO ARROIO, ESCOLA de ARTE por EXCELÊNCIA, transformou o "Já HOMEM FEITO" num aluno acima da média.
Surpreendente a transformação no interior desta personagem, que nunca tinha ido muito longe no que diz respeito a avaliações. Um RAPAZ sem grandes ambições e poucos SONHOS (,,,quem os tinha naquele TEMPO??!)-talvez empregado de BALCÃO na MERCEARIA do VIZINHO ou de mesa no café das esquina ou outra coisa qualquer- nada de muito claro nas gerações de 60.
A Professora PRIMÁRIA e o Padre seriam nessa altura, símbolos a seguir depois dos jogadores de futebol, e de hóquei em Patins. Também gostávamos de ser "COW-BOYS" ...eu sempre gostei mais dos ÍNDIOS, talvez pela sua CORAGEM e BELEZA FÍSICA.
Foi com toda esta força interior que terminei a António Arroio com uma das melhores médias finais . O Electricista do GERAL, de 11 valores, transformou-se no ESTUDANTE de ARTES LISBOETA com a média de 17 Valores.
Refiro-me aqui a números (,,,DETESTO NÚMEROS) para melhor ser claro da viagem que fiz de seguida. Os Cursos da António Arroio estavam direccionados para o Ensino, por ali passaram grandes nomes da Arte Portuguesa Contemporânea: Júlio Pomar, Querubim Lapa, Lino António, Cruzeiro Seixas, Manuel Cargaleiro, Artur Bual, Mário Cesariniy entre muitos outros.
O Homem das canções PAULO GONZO também por lá andava nesses tempos de SETENTA, com uma Viola pendurada no ombro direito.
A história da elevada média , facilitou a entrada na primeira ESCOLA da LISTA de CONCURSO... FRANCISCO ARRUDA no alto da AJUDA, o LUGAR onde me deparei com o "ESPÍRITO" de CALVET de Magalhães e onde fiquei boquiaberto perante o "MUNDO" que restava dos tempos recentes desse grande MOTIVADOR de ENTUSIASMO.
A FRASE que me ficou a "MARTELAR" na mente foi:
-Eu quero uma ESCOLA como esta!!!
E ASSIM começou o SONHO, um ÚNICO PENSAMENTO orientou todo o meu FUTURO.
-EU QUERO...!
Deste meu princípio de vida como PROFESSOR, ficou-me o tique de REFERÊNCIA que é bem claro nos meus escritos anteriores quando me refiro à actual ESCOLA onde passei os últimos 20 anos. A MINHA ESCOLA...nunca quis ter uma ESCOLA, ser dono de alguma coisa,,, entregar-me de CORPO e ALMA, isso SIM. E PARTILHAR, PARTILHAR sempre.
Segui de uma forma consciente o CAMINHO de CALVET, penso que o "superei, SUPERÁMOS", com alguma margem no que diz respeito à parte material dos nossos GESTOS, só neste ponto... Refiro-me à construção de OBRAS e instalações ARTÍSTICAS no espaço escolar- também aqui não estou muito seguro .... pois os ventos do pós revolução poderiam ter destruído os FEITOS deste ARTISTA PROFESSOR na FRANCISCO ARRUDA.
Lembro-me claramente, dos Painéis de azulejos, espalhados pelos corredores e no refeitório, com frases de grandes pensadores que incutiam nos jovens continuidade e triunfo. Mas, este HOMEM estava lá presente, em toda a ORGANIZAÇÃO e imagem .
Mágica a sua PRESENÇA.
Soube do seu fim TRÁGICO, e sei hoje,a realidade dos factos, depois de ter lido os textos PROFUNDOS em baixo, de pessoas sensíveis à obra deste HOMEM ÍMPAR.
Só fui docente na Francisco Arruda um ano, mas o suficiente para ESTRUTURAR o SONHO que persistiu até HOJE e que aos poucos se vem desvanecendo impregnado de dúvidas e SOLIDÃO pela NUVEM NEGRA vazia do desânimo, da INCAPACIDADE de SORRIR e de continuar na procura do que está para além da mediania. A nuvem representa na HISTÓRIA que contarei de seguida o PIOR do SER HUMANO.
COM ORGULHO:-EU FUI um CONTINUADOR de CALVET, sem nunca o ter conhecido.
Em memória de Calvet de Magalhães.
Coisas terríveis que acontecem no país dos brandos costumes
Encontrando-me em Lisboa a redigir o trabalho que há três anos me
propus fazer (as relações entre Portugal e o Sião no período
Banguecoque), tenho percorrido os arquivos e bibliotecas da nossa
capital para completar investigação em áreas para as quais não possuía
ainda massa documental expressiva. Ora, numa das minhas deambulações,
passei ali pela Calçada da Tapada, à Ajuda, onde se encontra a antiga
Escola Preparatória Francisco de Arruda. Ai estudei no terrível ano de
1974-75. Acabara de chegar de África sem eira e vivia opulentamente com
os meus pais e irmãos numa roulloute desse luxuoso resort que dá pelo
nome de Parque de Campismo de Monsanto. Era o tempo do ódio à solta, dos
“inimigos de classe”, das “lutas” e das “punições exemplares”, da
“justiça popular” [executada por burgueses], de pinchagens, palavras de
ordem, comícios, reuniões gerais, “saneamentos com justa causa”. Foi um
ano alucinante de humilhações e desprezo por nós, “exploradores de
africanos”e inimigos do povo. Lembro-me do frio terrível desse inverno,
da humidade que doía até aos ossos, da falta de roupa e comida. Sim,
importa lembrar tudo isso, pois foi tudo isso que me fez duvidar pela
primeira vez da bondade dos homens, dos tonitruantes princípios, dos
romantismos revolucionários e demais mentiras de que todas as revoluções
dizem representar.
Ao chegar àquela escola, apercebi-me que destoava das outras. Era
grande, bem mobilada, confortável até, com as suas salas de aula com
aquecimento, laboratórios, oficinas, ginásios, bibliotecas, antiteatros e
cantinas verdadeiramente modelares no panorama português. Fora, durante
quase duas décadas, um laboratório de metodologia e pedagogia
inovadoras e o seu criador, Manuel Calvet de Magalhães, implantara no
meio de um bairro popular e operário uma nesga da Suécia. Ali fizera
milagres, formando e incutindo nos miúdos de 10 e 11 anos o amor pelas
artes, pelo teatro e pelo cinema. A escola possuía uma sala de cinema e
tinha um vasto catálogo de filmes formativos e documentários sobre o
mundo animal, o meio ambiente, física e química, matemáticas, ciências
sociais e história. Uma vez por semana, os alunos eram encaminhados
pelos professores para essa sala e assistiam a dois ou três
documentários, posto que pedia-se-lhes fizessem redacções sobre aquilo a
que haviam assistido. Era uma das preocupações de Calvet de Magalhães:
dar voz às crianças, obrigá-las a tomar posição crítica em relação ao
mundo, despertar-lhes a curiosidade intelectual. Depois, era também uma
escola que tinha aulas de xadrez, música, modelagem e até trabalhos
oficinais que facultavam os rudimentos práticos de tudo quanto um homem
deve saber fazer: consertar uma tomada, reparar um rádio, coser um
botão, encadernar um livro.
À entrada da escola, esculpida na pedra
eterna, uma citação de Salazar: “a violência é o argumento do incompetente“.
Calvet de Magalhães era salazarista, pois claro, mas um desses
salazaristas muito próximos de uma certa social-democracia, como lembrou
Renzo De Felice.
Acreditava na desigualdade pelo mérito, no aprimoramento pelo trabalho, pela inteligência e pelo estudo, conciliava a ordem com o progresso e estava absolutamente convencido que os indivíduos devem ser guiados à luz.
Foi o maior erro do pedagogo, pois os REVOLUCIONÁRIOS, então em frenesim de destruição de tudo quanto se lhes pudesse opor resistência, buscavam inimigos inteligentes e não idiotas ultra-conservadores. Calvet não era um desses cinzentões insignificantes que faziam as delícias do imaginário das caricaturas de Abel Manta...(BLOGUE COMBUSTÕES-Aqui nunca se diz mal de PORTUGAL)
Acreditava na desigualdade pelo mérito, no aprimoramento pelo trabalho, pela inteligência e pelo estudo, conciliava a ordem com o progresso e estava absolutamente convencido que os indivíduos devem ser guiados à luz.
Foi o maior erro do pedagogo, pois os REVOLUCIONÁRIOS, então em frenesim de destruição de tudo quanto se lhes pudesse opor resistência, buscavam inimigos inteligentes e não idiotas ultra-conservadores. Calvet não era um desses cinzentões insignificantes que faziam as delícias do imaginário das caricaturas de Abel Manta...(BLOGUE COMBUSTÕES-Aqui nunca se diz mal de PORTUGAL)
PENSAMENTOS!...
“a necessidade de as
crianças expressarem os seus talentos artísticos e do papel capital da
expressão estética para a formação da personalidade”
“ A criança primeiro que tudo impregna-se duma
cultura que é necessário chamar extra-escolar, muitas vezes desordenada e confusa, mas sempre rica em substância. Uma das tarefas essenciais do professor do nosso século é precisamente “escolarizar” essa cultura. Ajudar a criança a organizar utilmente as imagens recolhidas no acaso da vida” (1964).
cultura que é necessário chamar extra-escolar, muitas vezes desordenada e confusa, mas sempre rica em substância. Uma das tarefas essenciais do professor do nosso século é precisamente “escolarizar” essa cultura. Ajudar a criança a organizar utilmente as imagens recolhidas no acaso da vida” (1964).
Para Calvet de Magalhães, a acção da escola “deveria concentrar-se no fornecimento das “bases da vida colectiva” ou a “aprendizagem da vida social”, o que implicava muito mais do que a acção ao nível da sala de aula”.
Recorda António Torrado (in Boletim do Instituto de Apoio às Criança – Nov/Dez 1994):“Era uma força jubilosa de vida, dotado de um dinamismo e de um apetite de acção, quer educativa quer artística, que no Portugal mortiço dos anos 60, em que o conheci, sobressaía de forma quase escandalosa”. E ainda: “Não seria homem de investigação e gabinete, mas de invenção e de gabinetes, o dos outros, por onde destemidamente entrava, sobraçando projectos, atirando ideias, inflamando ânimos, desinquietando. Era um agitador pedagógico, uma acendalha perigosíssima.(…) “Enfant terrible” institucionalizando, o Prof. Calvet desse título de desplante tirava partido excepcional para, numa sociedade arreganhada por desconfianças e ressentimentos, estabelecer consensos, atenuar diferendos, com as armas do bom humor, o sentido prático, da jovial divisa dos ganhadores: “O que tem de fazer faz-se!” E fazia-se, porque era o Calvet o irresistível dinamizador do que havia a fazer”(…) Entre margens opostas o Prof. Calvet de Magalhães ajudou a levantar pontes úteis.”
Era
culto, dono de vontade indomável, um mouro de trabalho, dotado de
grande capacidade de realização e liderança. Era, em suma, o pior
inimigo do totalitarismo comunista. Pior ainda, era de um patriotismo
exaltante e por toda a escola se cruzavam alusões ao passado (aos
cientistas e escritores) e se afirmava um optimismo contagiante em
relação ao futuro.
Em 1974, uma turbamulta de miseráveis – alguns dos quais haviam
sido alimentados à mão pelo pedagogo – instaurou a revolução na
Francisco Arruda. Os abaixo-assinados, as reuniões de crítica, a
denúncia de colegas, a limpeza das bibliotecas de tudo quanto lembrasse
“literatura reaccionária”, as pressões, os jornais de parede precederam o
terror. Dizia-se que Calvet era da União Nacional, que fora
“denunciante da PIDE”, que era monárquico, “anti-comunista primário”. É
claro que o homem nunca fizera política, não tinha lóbi nem funcionava
em rede. Era, apenas, um grande profissional da educação e tudo isso
deixara de ter valor no Portugal que resvalava para a tirania da rua e
do mais desavergonhado trepadorismo, pois nos processos revolucionários
surgem sempre os mais impulsivos tarados em busca de sucesso que nunca
alcançariam em períodos de normalidade. Havia que matar o inimigo e a
partir de Maio de 74, a célula PC iniciou a diabolização do desgraçado.
Impediram-no de entrar no seu gabinete da direcção, devassaram-lhe os
documentos, cortaram-lhe o telefone, impediram-no de percorrer os
corredores da escola que criara, enviaram-lhe centos de cartas anónimas
com as mais cruéis insinuações e ameaças.Isolado, sob pressão do terror
psicológico e da violência física, o mundo de Calvet desagregou-se.
Fechou-se na casa de banho, deitou-se na banheira e matou-se.,,, No dia 29 de Agosto de 1974 suicidou-se na escola que havia dirigido durante quase duas décadas.É este o
mais acabado testemunho da mentira dessa tal “revolução sem derramemento
de sangue”.
Muitos (OUTROS) dos grandes PENSADORES da HISTÓRIA HUMANA,
foram implacavelmente destruídos pelos seus PARES porque ficaram
ISOLADOS no meio da INSENSIBILIDADE dos seus SEMELHANTES. Uns MORRERAM
de TRISTEZA outros SIMPLESMENTE acabaram com a VIDA.
LAMENTAVELMENTE A MALDADE HUMANA não tem LIMITES, é CEGA,,,não sabe quando deve parar- a VINGANÇA é um ACTO dos COBARDES e dos VENCIDOS. Assim como a INVEJA é limitadora do AVANÇO da SOCIEDADE.HOJE cada vez mais EVIDENTE.
Uma HISTÓRIA de ENCANTAR
HISTÓRIA do É,,,e não do ERA.
Uma HISTÓRIA de ENCANTAR
HISTÓRIA do É,,,e não do ERA.
PEDRO
Esta é a HISTÓRIA de um MENINO especial que vive entre os LOBOS.
PETER CORAÇÃO
Pedro é um POEMA em FORMA de CORAÇÃO que vivia (...VIVE) no meio de PESSOAS de LOBOS e de todos os animaizinhos... numa pequena MONTANHA de um PAÍS do FIM do MUNDO.
PETER CORAÇÃO
Pedro é um POEMA em FORMA de CORAÇÃO que vivia (...VIVE) no meio de PESSOAS de LOBOS e de todos os animaizinhos... numa pequena MONTANHA de um PAÍS do FIM do MUNDO.
PEDRO não é um MENINO como todos os que conhecemos. Não (...tinha) tem BRAÇOS nem PERNAS. É TODO CORAÇÃO que MUDA de COR conforme a SITUAÇÃO e, tal como JESUS, SOFREU a HUMILHAÇÃO dum MUNDO sem COMPAIXÃO-Por esse motivo, também, o nome do LUGAR.
No BOSQUE onde todos VIVEM,,,... as casas não são como as nossas, aquelas onde nos sentamos nos "CADEIRÕES" e, sufocados pelas reduzidas dimensões de "seres inúteis", procurando o NADA e esquecendo o TUDO que nos envolve.
É um BOSQUE com TODAS as ESTAÇÕES do ANO, FRAGMENTADAS em espaços distintos.
Cada um dos seus HABITANTES procura o CANTINHO-TEMPO onde possa VIVER o melhor possível, fazendo as suas tarefas, descansando e procurando os alimentos. Naturalmente, o INVERNO no corpo da nuvem escura é o menos VISITADO pois é tenebroso e implacável de malignidade. Neste local existem poucas palavras começadas por A.
Existe tristeza, DOR e MEDO,,,não há cores e o AR que se respira é GELADO; em SUMA, por aqui não há LUZ nem qualquer possibilidade de LIBERDADE como nós a conhecemos, em todas as outras estações.
Nesse cantinho escuro correm-se muitos RISCOS, nas visitas pouco frequentes.
É um BOSQUE com TODAS as ESTAÇÕES do ANO, FRAGMENTADAS em espaços distintos.
Cada um dos seus HABITANTES procura o CANTINHO-TEMPO onde possa VIVER o melhor possível, fazendo as suas tarefas, descansando e procurando os alimentos. Naturalmente, o INVERNO no corpo da nuvem escura é o menos VISITADO pois é tenebroso e implacável de malignidade. Neste local existem poucas palavras começadas por A.
Existe tristeza, DOR e MEDO,,,não há cores e o AR que se respira é GELADO; em SUMA, por aqui não há LUZ nem qualquer possibilidade de LIBERDADE como nós a conhecemos, em todas as outras estações.
Nesse cantinho escuro correm-se muitos RISCOS, nas visitas pouco frequentes.
O RAPAZ, em FORMA de CORAÇÃO não conhecia fronteiras suas Mães e os seus PAIS sempre o avisaram para ter cuidado:
-O LUGAR do INVERNO é ESCURO, FRIO e PERIGOSO.
-O LUGAR do INVERNO é ESCURO, FRIO e PERIGOSO.
Lá dominam as nuvens do mal que envolvem e transformam toda a gente ou coisas, que por lá passam, em novas nuvens de frio glaciar.
O CORAÇÃO não tem ouvidos e pouco se importa (...va) com os avisos de precaução.
Agitado umas vezes, sorridente outras e DISPONÍVEL sempre, "PETER" lá ia fazendo a sua VIDA no meio das FLORES da PRIMAVERA, colhendo os FRUTOS SUCULENTOS no LUGAR VERÃO e ROLANDO pelas encostas de relva vestidas no INVERNO PROFUNDO. Do OUTONO recebia o VENTO para lhe secar o SUOR.
Esses eram os seus DIAS,,, os MELHORES dias .
Que se prolongavam pelas noites cheias de ideias que surgiam como PRESENTES trazidos pelas ESTRELAS.
-Os TEMPOS são OUTROS, CORAÇÃO VERMELHO!
Tens que deixar de ser só CORAÇÃO! Torna-te igual a todos os OUTROS... mas que teimosia a TUA...
Que te cresçam os BRAÇOS e as PERNAS e uma CABEÇA de DECORE a PARTE SUPERIOR- Disse a ÁRVORE AVÓ com a suavidade sussurrante dos seus MOVIMENTOS.
E que o CORAÇÃO te FIQUE mais PEQUENO,,,,,!!!!! VIVE só com a CABEÇA.
PEDRO em PÂNICO FICOU e num PRANTO de LÁGRIMAS se "AFOGOU".
Será MELHOR: FOI AVISADO, e quase OBRIGADO, que para continuar a VISITAR o LUGAR das nuvens ESCURAS e FRIAS só tendo PERNAS, BRAÇOS e CABEÇA e com todos os SENTIDOS a FUNCIONAREM.
Pela primeira vez,O PEQUENO "GIRINO" PENSOU, OLHOU e OBSERVOU toda a vida à sua VOLTA. Mais surpreendido FICOU- tantos OLHOS o fitavam, tantas bocas o desejavam e muitos mais espíritos o condenavam .
O CORAÇÃO, que até aí não via e não ouvia, viveu sempre ao RITMO certo do instante, impulsionado pelo "MOTOR" que o AGITA (...VA) num RIBOMBAR CADENCIADO.
Percebeu que estava a ficar mais pequeno e negro de tanta mistura. EMOÇÕES que, guardadas na nova parte chamada cabeça, FUNDIAM-SE numa EXPLOSÃO de RUÍDOS SILENCIOSOS porque sentidos eram,,, no outro LUGAR, do meio dos BRAÇOS novos e das PERNAS também novinhas e pouco familiares, surgia agora um ESPAÇO enorme do tamanho do antes, só as cores restavam.
ESTAS , e cada uma misturada com a próxima, deram lugar a outras menos LUMINOSAS e todas em desnorte sem o coração como ORIENTAÇÃO , PINTARAM-SE do NEGRO INTENSO.
ESTAS , e cada uma misturada com a próxima, deram lugar a outras menos LUMINOSAS e todas em desnorte sem o coração como ORIENTAÇÃO , PINTARAM-SE do NEGRO INTENSO.
PEDRO, confuso, olhou em volta e reparou que todos os LOBOS, PESSOAS e coisas, e até os cogumelos, se METAMORFOSEAVAM em NUVENS FRIAS, FANTASMAGÓRICAS e PUNITIVAS .
ENVOLVIDO pela ausência da LUZ correu, correu sem PARAR... procurando a ESTAÇÃO que melhor o aquecesse, tornou-se MEDO e PESSOA. Acordou em si a SAUDADE.
No LUGAR onde outrora "existiu"... restava agora uma FENDA ENORME, disforme e profunda.
DESCONHECIA, neste novo "CORPO", todos os cantos das suas LOUCURAS SONHOS e FANTASIAS,,,RECORDAÇÕES nenhumas.ERA como se nunca tivessem existido.Decidiu que só lhe restava RECOMEÇAR,,,procurar por todos os LUGARES pedacinhos de si no "HÁ TANTAS PESSOAS como JUDAS e JESUS"... Juntar todos os FRAGMENTOS e acondicioná-los no ESPAÇO da sua antiga EXISTÊNCIA -VIDA .
Não ESTAVA só nesta NOVA e GIGANTESCA TAREFA...Nunca o esteve. Sentiu passos , pequenos sons vindos de todos os cantinhos do BOSQUE-LUGAR, olhou e ali estava uma "GATAMALHADA" de rabo enrolado.
E o seu AMIGO CÃO VELHO de olhar FIEL
A "CARALINDA" RAPOSA um pouco distante mas com o olhar convivente...levando as brincadeiras por diante.
Os Caracóis distraídos com as casas às COSTAS.
O VOAR enamorado das POMBAS e das ROLAS, desenhavam círculos que aprisionaram os OLHARES e os fizeram parar e até duvidarem do ...estarmos vivos.
Os CHOCALHAR das Rãs no LAGO das nenúfares
"AQUECERAM" as INTENÇÕES.
E todos os ANIMAIS daquele MUNDO e de TODOS os MUNDOS juntinhos,,, deram de si SINAIS.
EM MÚSICA trazida pela BRISA chegou a BOA NOVA: -PEDRO, em FORMA do CORAÇÃO, dá-nos a RAZÃO para continuarmos a SEMEAR no MUNDO SORRISOS ENAMORADOS,,, (POR) com todas as CORES do ARCO-ÍRIS!!!!!!!! ADORNADOS.
ENVOLVIDO pela ausência da LUZ correu, correu sem PARAR... procurando a ESTAÇÃO que melhor o aquecesse, tornou-se MEDO e PESSOA. Acordou em si a SAUDADE.
No LUGAR onde outrora "existiu"... restava agora uma FENDA ENORME, disforme e profunda.
DESCONHECIA, neste novo "CORPO", todos os cantos das suas LOUCURAS SONHOS e FANTASIAS,,,RECORDAÇÕES nenhumas.ERA como se nunca tivessem existido.Decidiu que só lhe restava RECOMEÇAR,,,procurar por todos os LUGARES pedacinhos de si no "HÁ TANTAS PESSOAS como JUDAS e JESUS"... Juntar todos os FRAGMENTOS e acondicioná-los no ESPAÇO da sua antiga EXISTÊNCIA -VIDA .
Não ESTAVA só nesta NOVA e GIGANTESCA TAREFA...Nunca o esteve. Sentiu passos , pequenos sons vindos de todos os cantinhos do BOSQUE-LUGAR, olhou e ali estava uma "GATAMALHADA" de rabo enrolado.
E o seu AMIGO CÃO VELHO de olhar FIEL
A "CARALINDA" RAPOSA um pouco distante mas com o olhar convivente...levando as brincadeiras por diante.
Os Caracóis distraídos com as casas às COSTAS.
O VOAR enamorado das POMBAS e das ROLAS, desenhavam círculos que aprisionaram os OLHARES e os fizeram parar e até duvidarem do ...estarmos vivos.
Os CHOCALHAR das Rãs no LAGO das nenúfares
"AQUECERAM" as INTENÇÕES.
E todos os ANIMAIS daquele MUNDO e de TODOS os MUNDOS juntinhos,,, deram de si SINAIS.
EM MÚSICA trazida pela BRISA chegou a BOA NOVA: -PEDRO, em FORMA do CORAÇÃO, dá-nos a RAZÃO para continuarmos a SEMEAR no MUNDO SORRISOS ENAMORADOS,,, (POR) com todas as CORES do ARCO-ÍRIS!!!!!!!! ADORNADOS.
CANTAROLANDO, em FILA, desapareceram na PRIMEIRA ESTAÇÃO que encontraram ali à MÃOZINHA de SEMEAR. O PACIENTE espantalho apontava a PRIMAVERA.
Do VERÃO "CHOVERAM" FRUTOS no CAMINHO...
Para todos se alimentarem.
Para todos se alimentarem.
O SAPO GORDUXO surgiu de imediato do OUTONO...com uma ROSA a ornamentar-lhe as bochechas. Todos tinham pedaços da vida de PEDRO como SÍMBOLO de uma GRATIDÃO SÓLIDA e de uma relação infinita de MUTUA DEPENDÊNCIA.
O CORVO zangado abria a PORTA do INVERNO.
Ninguém deu por ele, ou fizeram-se DISTRAÍDOS.
Ninguém deu por ele, ou fizeram-se DISTRAÍDOS.
A NUVEM agora mais volumosa
Mas era só uma NUVEM,
... não tinha pernas para andar.
Não podia sair do INVERNO
Nem tinha amigos por perto.
Nem tinha amigos por perto.
E
Não lhes podia fazer MAL
DA "FICÇÃO" para a REALIDADE.
Nos MUNDOS PARALELOS onde se ENCONTRAM as VIRTUDES.
MUNDO de CORES
ANTERIOR e POSTERIOR
I AM MONALISA
APERITIVO ao que se segue,,
deixando FALAR o DIGITAL.
Projecto de PINTURA
DESPEDIDA da 23A na "MÁ VIDA"
COLORIDA
SABER VIVER!!
O LUGAR da VIDA, o QUINTO.
deixando FALAR o DIGITAL.
Projecto de PINTURA
DESPEDIDA da 23A na "MÁ VIDA"
COLORIDA
SABER VIVER!!
O LUGAR da VIDA, o QUINTO.
No ANO do ANIVERSÁRIO
CAVANDO o PASSADO
LIFE is LIFE
1992
1993-1994
1995
ÁGUA-TERRA e FOGO
Ana Rita Penalva(8 anos)
1995
AMOR LUAR de AZUL
IPJ
AULAS com ARTE1993-1994
Pai NATAL
e PORQUE Não MÃE NATAL?! 1995
ÁGUA-TERRA e FOGO
Se eu fosse uma semente de Pimpolho...
Se eu fosse uma semente gostaria de crescer, de crescer lentamente e
dar alegria a muita gente. E também de crescer ao sabor do vento; com a
chuva entraria na terra, com o sol e com o tempo o meu caule começaria a
furar a terra e minha flor apareceria. Teria filhos e minha cor seria
amarela e as abelhas chupariam o meu meu pólen.
E o meu fim desta vida inteira acabou: o frio e a geada caíram em cima de mim e eu sequei-me.
1995
AMOR LUAR de AZUL
Às vezes a FELICIDADE é uma bênção-mas geralmente é uma conquista.
O instante mágico do dia ajuda-nos a mudar, faz-nos ir em busca dos nossos SONHOS.
SEMPRE o AMOR a fazer das suas, só o MALDITO AMOR consegue CRIAR a OBRA SUPREMA.
1996
Paula Ferreira
O mundo sofre transformações, e com ele todos nós...
Nascemos,
aprendemos a andar, a falar, a sorrir quando estamos contentes e a
chorar quando nos magoamos ou quando estamos tristes. Aprendemos a viver
em sociedade onde por vezes nos sentimos rejeitados.
Faço parte de uma turma que aprende a viver, a lutar e a sorrir quando está contente.
Todos
nós procuramos um futuro, vivemos de acordo com os nossos ideais, que
muitas vezes se apresentam desfocados ... mas mesmo assim vivemos.
Sinto-me crescer e comigo toda uma turma que luta para ser alguém...
Paula Ferreira
Pior que não conseguir, é não tentar!:..
Quando não se sabe o que se quer,
o melhor é não dar a cara.
Porque no fundo sabe-se o que se quer
mas o que custa é encarar...
Tenho a solução na minha mão.
Mas prefiro ficar no problema
porque a minha cobardia de coração
me leva a permanecer em solidão.
Escola MUNDO de CORES
1997
Escola MUNDO de CORES
TRANSMUTAÇÕES com GOYA
1997
MUNDO de CORES
RASTOS de ÍNDIO
POLITÉCNICO1998
Creio que
uma folha de erva não vale menos
que a
jornada das estrelas,
E que a
formiga não é menos perfeita, nem um grão de areia, nem um ovo de carriça,
E que o sapo
é uma obra prima para o mais exigente,
E que as
amoras Silvestres adornariam os salões do céu,
E que a
mínima articulação da minha mão escarnece
de toda a
maquinaria,
E que a vaca
ruminando com a cabeça baixa
supera
qualquer estátua,
E que um
rato é milagre suficiente para fazer
vacilar
milhões de infiéis
...Os que
estão longe e os que estão mortos ressuscitam,
Revelam-se
como o quadrante ou movem-se como
Ponteiros,
eu sou o RELÓGIO. (W.W)
Mundo de CORES
BARCELONA e o MUNDO de DALI
1998
MUNDO de CORES
FRONTARIA do LUGAR
1998
MUNDO de CORES
WC
MASCULINO e FEMININO
1999
Dar ASAS ao GRAFITE
1999
RECICLAGENS 1999
As ÁRVORES que DÃO CORES
2000
Encontro de OLHARES
2002 (CINE-TEATRO)
Biombos
2003A ILHA dos AMORES
Anatomia BUSTOS e CRIATIVIDADE
A Lição Cubista
2003
2004
A ARCA de NOÉ
CADEIRA VERMELHA para o CÉU
A SEPULTURA do VELHO GUERREIRO
2005
SEXO VIDA e MORTE 2005
Animação de RUA
Pelos DIREITOS HUMANOS
2005
2007
Talvez
Primavera, quiçá Outono.
Com
as cores que se esgueiram para celebrar o esplendor da terra.
Bastou
jogá-las no papel, moldá-las no contorno do barro.
Será
talvez escrita!
Da
intimidade da mão, obviamente.
Mas
numa transparência de sinais colhidos na respiração da noite e nos grãozinhos
da memória.
É
seguramente palavra.
Rasgada
na tela, coberta de sílabas coloridas.
À
espera que alguém a reinvente, a acaricie e investigue o aroma que lhe sai do
peito.
É
esta a proposta desta exposição: a descoberta da palavra aqui semeada.
Trata
se pois de uma sementeira cujos frutos aguardam o olhar.
Munidos
do arado, da grade, do ancinho e da forquilha, (pois a canga foi banida),
lavrou-se o papel, semearam-se as tintas e regou-se a terra.
Durante
3 anos, gota a gota, rio a rio, mar amar, estes semeadores
excederam-se
em linhas, traços, contornos, colagens.
Assim
nasceu esta palavra.
Também
cresceram, estes jovens.
Sem
canga. E "o sucesso encoraja-os: eles podem porque pensam que podem."
Na
sombra, iluminando os seus rostos, com puros gestos de pintura, o índio,
pintor,
palhaço em cada acto, continua da vida feiticeiro, sempre na busca de novo
cheiro.
Helder Rodrigues
24 HORAS de ESCULTURA
2007
o lagarto do Camões
MURAL METAMORFOSES
2008
PARA ALÉM do ADMISSÍVEL da RESISTÊNCIA
SEIS DIAS seguidos (...sem "QUASE" PARAR dia e NOITE)
Arte, uma palavra difícil de definir para
mim mas uma das que me transmite mais paixão, valores e dedicação... na
minha " caixinha de vocabulário ". Quando me perguntam:
"Sofia, o que é a Arte?", eu apenas respondo com um "
brilhozinho" nos olhos e com um grande sorriso como quando entro numa
grande exposição. Foi esta palavra que deu uma grande reviravolta na
minha "vidinha" de " sobreirense " há três anos atrás. Pela
minha paixão à Arte, abandonei tudo aquilo a que estava habituada: o calor de
meus pais, todos os meus amigos de infância, o meu querido quartinho, os
professores do I.S.T. que davam notas como quem dá rebuçados e que eu adorava,
etc, etc. Mas agora... bem, agora não estou mesmo nada arrependida de ter
vindo para outros ares no Secundário. Foram os melhores anos da minha vida,
evolui bastante. Opá, sinto-me mesmo bem...
Na pintura do mural da nossa escola
estivemos todos no auge de todos os trabalhos artísticos que fizemos até agora
nas nossas "vidinhas". Quando me pus a admirar todo o nosso trabalho
na segunda -feira de manhã nem queria acreditar (somos muito bons , nós).O meu
cérebro estava em autêntico orgasmo psicológico. Adooooorei aqueles dias todos;
apesar de ter, de termos trabalhado imenso, foi realmente divertido. Era mesmo
de uma coisa desta dimensão que estávamos a precisar para acabar o secundário
em cheio com esta turma fenomenal. É pena que muitas pessoas não tenham ligado
muito à nossa obra. São pessoas que não conseguem atribuir utilidade à arte.
Mas eu não imagino o nosso mundo sem ela. Certamente que faria falta a toda a
gente a Harmonia, a Beleza e a Estética no nosso quotidiano. Agora só espero
que esta obra ali permaneça por uma infinidade de anos. Seis dias seguidos sem
parar. Eu não conseguia largar a escola pelo desejo de ver aquilo tudo
terminado.
E o meu desejo ali está...concretizado, com
muito orgulho, AH...AH!....
Sofia Pedro
PITAS o CAÇADOR das CORES e das FORMAS
Nunca mais se apagará da minha memória, aquela manhã do dia 28 de Abril, terminaram 6 dias de trabalho dedicado e de sonho.
Já
passavam sete horas e 30 minutos desde o início daquela segunda feira,
quando os primeiros raios de sol me incidiram no rosto e me deixaram
sem ver. Foi então que após dar os últimos retoques num dos bocados de
história do nosso mural, decidi colocar um "ponto final" . Pousei o
pincel que permanecera toda a noite colado na minha mão, Devo confessar
que até os meus braços fortes já acusavam o peso de tantas horas de
trabalho.
DE seguida, afastei-me e sentei-me junto do meu professor e dos meus
colegas (os que restavam) que tal como eu, estavam exaustos, aos poucos
se deixaram dormir nas mais variadas posições. Mas eu não, eu não
poderia dormir, melhor...eu não conseguia dormir e fiquei ali, olhando
aquelas paredes que se transformaram em vida. Cada cm de tinta era um
bocado de cada um de nós, um bocado de sofrimento, alegria,
personalidade, dedicação e amor...
Sim, é isso aquelas paredes somos nós.
Os
alunos do 12ºE, o professor e artista Álvaro Espadanal, não esquecendo o
seu filho Júlio que fora uma preciosa ajuda. Assim como todos os nossos
amigos que se juntaram à nossa causa.
Apesar
de ter estado tanto tempo em contacto com as referidas paredes, cada
vez que olhava para elas encontrava algo de novo e espectacular. Até
mesmo no que eu pintei. Como era possível que manchas cuidadas, de tinta
conseguiam contar uma história.
O
impacto daquelas paredes provocava em mim uma emoção tão grande que me
apetecia chorar...como era possível.Ainda hoje, já passaram alguns dias e
continuo a espantar-me ao olhar para tudo aquilo e é com orgulho que
digo que também contribuí para tornar aquele sonho realidade.
Nunca mais esquecerei aqueles dias de convívio, ARTE, BRINCADEIRA, CRIATIVIDADE e AMIZADE...pois aquele MURAL só ficou terminado porque foi feito por pessoas magníficas, pessoas que ficarão na minha mente para sempre.
Aproveitando esta onda de sentimentalismo, gostava de agradecer à minha
amiga Sofia Pedro por me motivar a vir para este curso de ARTES. SE não
fosse a sua insistência nunca teria descoberto este mundo de Cores.Outras Formas e outros CAÇADORES
2009
OFICINA D´ARTES INSTALAÇÃO
2009 em DIANTE
.COMPREENDER ...que quando já não se pode vestir a pele de LEÃO se veste a da RAPOSA, porque no DILÚVIO se salvaram mais raposas que LEÕES. Toda a criatura tem o seu próprio saber, e a raposa aprendeu que jogar a descoberto não dá vantagem nem PRAZER.
Umberto Eco " Ilha de um dia antes".
VIAJANDO ...
PARA o PRESENTE
HOJE!!!!
2520 MINUTOS I
Non scholae, sed vitae discimus.
(Aprendemos, não para a ESCOLA mas para a a vida)
Tony
Projecto de PINTURA
RE+(K),,,riação de uma OBRA de CARGALEIRO
Manuel Cargaleiro
"A porta da minha vizinha"
Movimento-Ritmo-Módulos-Padrão-Composição
Simetria-Assimetria-Estrutura "À PORTA do NOSSO VIZINHO CARGALEIRO"
ROMA e PAVIA,,,
FAZER de CONTA (S)
e até ao LAVAR dos CESTOS é VINDIMA"Cada vez me apetece menos classificar os rapazes, dar-lhes notas, pelo que eles "sabiam". Eu não quero (ou dispenso) que eles metam coisas na cabeça; não é para isso que eu dou aulas. O saber - diz o povo - não ocupa lugar; pois muito bem: que eles saibam, mas que o saber não ocupe lugar, porque o que vale, o que importa (e para isso pode o saber contribuir e só contribuir) é que eles se desenvolvam, que eles cresçam, que eles saibam "resolver", que eles possam "perceber".
Sebastião da GAMA, Diário
A ÚLTIMA LIÇÃO de ÉTICA e CIDADANIA
"Janeiro,
11 [de 1949] - Para começar, o metodólogo falou connosco durante uma
hora. De acordo com o que disse, vão ser as aulas de Português o que eu
gosto que elas sejam: um pretexto para estar a conviver com os rapazes,
alegremente e sinceramente. E dentro dessa convivência, como quem brinca
ou como quem se lembra de uma coisa que sabe e que vem a propósito, ir
ensinando. Depois, esta nota importantíssima: lembrar-se a gente de que
deve aceitar os rapazes como rapazes: deixá-los ser: 'porque até o barulho é uma coisa agradável, quando é feito de boa-fé.'
Houve nesta conversa uma palavra para guardar tanto como as outras, mais que todas as outras: 'O que eu quero principalmente é que vivam felizes'.
Diário de Sebastião da GAMA.
Diário de Sebastião da GAMA.
...quem escreveu??
UM ISMAEL QUALQUER coisa, NENHUM HERÓI, simplesmente PESSOA. MORTAL = a todos nós...
No tempo da minha infância
Nossa vida era normal
Nunca me foi proibido
Comer muito açúcar ou sal
Hoje tudo é diferente
Sempre alguém ensina a gente
Que comer tudo faz mal
Bebi leite ao natural
Da minha vaca Quitéria
E nunca fiquei de cama
Com uma doença séria
As crianças de hoje em dia
Não bebem como eu bebia
Pra não pegar bactéria
A barriga da miséria
Tirei com tranquilidade
Do pão com manteiga e queijo
Hoje só resta a saudade
A vida ficou sem graça
Não se pode comer massa
Por causa da obesidade
Eu comi ovo à vontade
Sem ter contra indicação
Pois o tal colesterol
Pra mim nunca foi vilão
Hoje a vida é uma loucura
Dizem que qualquer gordura
Nos mata do coração
Com a modernização
Quase tudo é proibido
Pois sempre tem uma Lei
Que nos deixa reprimido
Fazendo tudo que eu fiz
Hoje me sinto feliz
Só por ter sobrevivido
Eu nunca fui impedido
De poder me divertir
E nas casas dos amigos
Eu entrava sem pedir
Não se temia a galera
E naquele tempo era
Proibido proibir
Vi o meu pai dirigir
Numa total confiança
Sem apoio, sem air-bag
Sem cinto de segurança
E eu no banco de trás
Solto, igualzinho aos demais
Fazia a maior festança
No meu tempo de criança
Por ter sido reprovado
Ninguém ia ao psicólogo
Nem se ficava frustrado
Quando isso acontecia
A gente só repetia
Até que fosse aprovado
Não tinha superdotado
Nem a tal dislexia
E a hiperatividade
É coisa que não se via
Falta de concentração
Se curava com carão
E disso ninguém morria
Nesse tempo se bebia
Água vinda da torneira
De uma fonte natural
Ou até de uma mangueira
E essa água engarrafada
Que diz-se esterilizada
Nunca entrou na nossa feira
Para a gente era besteira
Ter perna ou braço engessado
Ter alguns dentes partidos
Ou um joelho arranhado
Papai guardava veneno
Em um armário pequeno
Sem chave e sem cadeado
Nunca fui envenenado
Com as tintas dos brinquedos
Remédios e detergentes
Se guardavam, sem segredos
E descalço, na areia
Eu joguei bola de meia
Rasgando as pontas dos dedos
Aboli todos os medos
Apostando umas carreiras
Em carros de rolimã
Sem usar cotoveleiras
Pra correr de bicicleta
Nunca usei, feito um atleta,
Capacete e joelheiras
Entre outras brincadeiras
Brinquei de Carrinho de Mão
Estátua, Jogo da Velha
Bola de Gude e Pião
De mocinhos e Cawboys
E até de super-heróis
Que vi na televisão
Eu cantei Cai, Cai Balão,
Palma é palma, Pé é pé
Gata Pintada, Esta Rua
Pai Francisco e De Marré
Também cantei Tororó
Brinquei de Escravos de Jó
E o Sapo não lava o pé
Com anzol e jereré
Muitas vezes fui pescar
E só saía do rio
Pra ir pra casa jantar
Peixe nenhum eu pagava
Mas os banhos que eu tomava
Dão prazer em recordar
Tomava banho de mar
Na estação do verão
Quando papai nos levava
Em cima de um caminhão
Não voltava bronzeado
Mas com o corpo queimado
Parecendo um camarão
Sem ter tanta evolução
O Playstation não havia
E nenhum jogo de vídeo
Naquele tempo existia
Não tinha vídeo cassete
Muito menos internet
Como se tem hoje em dia
O meu cachorro comia
O resto do nosso almoço
Não existia ração
Nem brinquedo feito osso
E para as pulgas matar
Nunca vi ninguém botar
Um colar no seu pescoço
E ele achava um colosso
Tomar banho de mangueira
Ou numa água bem fria
Debaixo duma torneira
E a gente fazia farra
Usando sabão em barra
Pra tirar sua sujeira
Fui feliz a vida inteira
Sem usar um celular
De manhã ia pra aula
Mas voltava pra almoçar
Mamãe não se preocupava
Pois sabia que eu chegava
Sem precisar avisar
Comecei a trabalhar
Com oito anos de idade
Pois o meu pai me mostrava
Que pra ter dignidade
O trabalho era importante
Pra não me ver adiante
Ir pra marginalidade
Mas hoje a sociedade
Essa visão não alcança
E proíbe qualquer pai
Dar trabalho a uma criança
Prefere ver nossos filhos
Vivendo fora dos trilhos
Num mundo sem esperança
A vida era bem mais mansa,
Com um pouco de insensatez.
Eu me lembro com detalhes
De tudo que a gente fez,
Por isso tenho saudade
E hoje sinto vontade
De ser criança outra vez...
Nossa vida era normal
Nunca me foi proibido
Comer muito açúcar ou sal
Hoje tudo é diferente
Sempre alguém ensina a gente
Que comer tudo faz mal
Bebi leite ao natural
Da minha vaca Quitéria
E nunca fiquei de cama
Com uma doença séria
As crianças de hoje em dia
Não bebem como eu bebia
Pra não pegar bactéria
A barriga da miséria
Tirei com tranquilidade
Do pão com manteiga e queijo
Hoje só resta a saudade
A vida ficou sem graça
Não se pode comer massa
Por causa da obesidade
Eu comi ovo à vontade
Sem ter contra indicação
Pois o tal colesterol
Pra mim nunca foi vilão
Hoje a vida é uma loucura
Dizem que qualquer gordura
Nos mata do coração
Com a modernização
Quase tudo é proibido
Pois sempre tem uma Lei
Que nos deixa reprimido
Fazendo tudo que eu fiz
Hoje me sinto feliz
Só por ter sobrevivido
Eu nunca fui impedido
De poder me divertir
E nas casas dos amigos
Eu entrava sem pedir
Não se temia a galera
E naquele tempo era
Proibido proibir
Vi o meu pai dirigir
Numa total confiança
Sem apoio, sem air-bag
Sem cinto de segurança
E eu no banco de trás
Solto, igualzinho aos demais
Fazia a maior festança
No meu tempo de criança
Por ter sido reprovado
Ninguém ia ao psicólogo
Nem se ficava frustrado
Quando isso acontecia
A gente só repetia
Até que fosse aprovado
Não tinha superdotado
Nem a tal dislexia
E a hiperatividade
É coisa que não se via
Falta de concentração
Se curava com carão
E disso ninguém morria
Nesse tempo se bebia
Água vinda da torneira
De uma fonte natural
Ou até de uma mangueira
E essa água engarrafada
Que diz-se esterilizada
Nunca entrou na nossa feira
Para a gente era besteira
Ter perna ou braço engessado
Ter alguns dentes partidos
Ou um joelho arranhado
Papai guardava veneno
Em um armário pequeno
Sem chave e sem cadeado
Nunca fui envenenado
Com as tintas dos brinquedos
Remédios e detergentes
Se guardavam, sem segredos
E descalço, na areia
Eu joguei bola de meia
Rasgando as pontas dos dedos
Aboli todos os medos
Apostando umas carreiras
Em carros de rolimã
Sem usar cotoveleiras
Pra correr de bicicleta
Nunca usei, feito um atleta,
Capacete e joelheiras
Entre outras brincadeiras
Brinquei de Carrinho de Mão
Estátua, Jogo da Velha
Bola de Gude e Pião
De mocinhos e Cawboys
E até de super-heróis
Que vi na televisão
Eu cantei Cai, Cai Balão,
Palma é palma, Pé é pé
Gata Pintada, Esta Rua
Pai Francisco e De Marré
Também cantei Tororó
Brinquei de Escravos de Jó
E o Sapo não lava o pé
Com anzol e jereré
Muitas vezes fui pescar
E só saía do rio
Pra ir pra casa jantar
Peixe nenhum eu pagava
Mas os banhos que eu tomava
Dão prazer em recordar
Tomava banho de mar
Na estação do verão
Quando papai nos levava
Em cima de um caminhão
Não voltava bronzeado
Mas com o corpo queimado
Parecendo um camarão
Sem ter tanta evolução
O Playstation não havia
E nenhum jogo de vídeo
Naquele tempo existia
Não tinha vídeo cassete
Muito menos internet
Como se tem hoje em dia
O meu cachorro comia
O resto do nosso almoço
Não existia ração
Nem brinquedo feito osso
E para as pulgas matar
Nunca vi ninguém botar
Um colar no seu pescoço
E ele achava um colosso
Tomar banho de mangueira
Ou numa água bem fria
Debaixo duma torneira
E a gente fazia farra
Usando sabão em barra
Pra tirar sua sujeira
Fui feliz a vida inteira
Sem usar um celular
De manhã ia pra aula
Mas voltava pra almoçar
Mamãe não se preocupava
Pois sabia que eu chegava
Sem precisar avisar
Comecei a trabalhar
Com oito anos de idade
Pois o meu pai me mostrava
Que pra ter dignidade
O trabalho era importante
Pra não me ver adiante
Ir pra marginalidade
Mas hoje a sociedade
Essa visão não alcança
E proíbe qualquer pai
Dar trabalho a uma criança
Prefere ver nossos filhos
Vivendo fora dos trilhos
Num mundo sem esperança
A vida era bem mais mansa,
Com um pouco de insensatez.
Eu me lembro com detalhes
De tudo que a gente fez,
Por isso tenho saudade
E hoje sinto vontade
De ser criança outra vez...
2520 MINUTOS II
12º-ARTES
NAVEGAR
NAVEGAR
À "MALTA" dos 3 ANOS em que navegámos por todos os MARES de FANTASIAS e REALIDADES procurando LUGARES inexplorados...à MALTA entrego o meu CORAÇÃO a última coisa a LEVANTAR ÂNCORA...
MUITO TRABALHO e MUITAS CONQUISTAS JUNTOS TRANSPORTAMOS para "O SEMPRE" no IMAGINÁRIO que é comum.
À MALTA com ORGULHO.
NAVEGAR,,,EXAME À VISTA
NAVE~~~~GAR...
Navegar,,,para no OCEANO a PAIXÃO ENCONTRAR.
Espalhando AMOR
PERFUME ÁLVARO
MARTIM AFONSO "CABRAL de MASCARENHAS e MELLO"
PROFESSOR, não ENCONTROU por aqui no final da ÚLTIMA AULA a minha SINCERIDADE??! deixei-a cá e não a encontro...
Martim Afonso-30 de Maio de 2012, 09.50 horas
Martim ofereceste-me o teu ÚLTIMO DESENHO como deixaste Gravado a CINZA GRAFITE (... um PERFUME com o MEU NOME). És um PIRILAMPO de passagem acelerada, deixaste hoje em NÓS a SAUDADE de uma PERSONAGEM que poderá na VIDA SER TUDO o que quiser, e farás sempre o MELHOR.
Agradecido estou EU pela tua HONESTIDADE, talentos MÚLTIPLOS decorados sempre com HUMILDADE SINCERA num sorriso estampada. Uma HONRA para mim...teres trabalhado nos meus ESPAÇOS, pois não o fazes com e para toda a GENTE. NINGUÉM, só algum ESPÍRITO DIABÓLICO, te invejou ou te lançou maus OLHADOS,,, !TU ÉS SIMPLESMENTE PESSOA o MARTIM FELIZ, talentoso..."brincas SERIAMENTE" com a VIDA porque és dotado da MAGIA que a grande MULTIDÃO persegue toda a VIDA e nunca a ENCONTRA.
UMA das PESSOAS PRECIOSAS que comigo ombrearam nesta (K)...aminho de DOCENTE gravado a PASSOS de 30 ANOS.
UMA das PESSOAS PRECIOSAS que comigo ombrearam nesta (K)...aminho de DOCENTE gravado a PASSOS de 30 ANOS.
OBRIGADO AMIGO por todos NÓS, VOA ... continua a SER FELIZ e a ESPALHAR BONDADE como pétalas de ROSAS- ÉTICA por todos os cantos onde RESPIRAS.
O MAIS PRECIOSO em TI, a PALAVRA. ÉS um " HOMEM de PALAVRA de HONRA. COISA RARA nos TEMPOS actuais.
O MAIS PRECIOSO em TI, a PALAVRA. ÉS um " HOMEM de PALAVRA de HONRA. COISA RARA nos TEMPOS actuais.
ANA sem IDADE, PURA e SEMPRE BRANCA
Ana, minha COMPANHEIRA neste (K)...aminho desde o longínquo ano de 1993. Na Nuno Álvares o eterno LICEU tive-a como aluna,consigo recuar no tempo do outro século, pertencia a uma turma de ADOLESCENTES muito especiais. Gosto ainda hoje de desafios dessa natureza, fui ao BAÚ das recordações buscar uma imagem da Ana desses tempos.
Ana Margarida primeira em baixo à esquerda
Em 1996 a ANA voltou ao meu convívio, desta vez como minha companheira de trabalho, agora nesta ESCOLA, contando para isso com as facilidades concedidas por todos os Órgãos de Gestão, para que frequentasse a sala 23 A e as OFICINAS. Passou por dezenas de TURMAS, concretizou projectos e trabalhos a par de todos esses alunos, quase sempre do SECUNDÁRIO...as suas ÁREAS a BI e a TRIDIMENSIONALIDADE, não havendo dificuldades de desenvolvimento de qualquer trabalho . Esteve sempre ao seu nível na abordagem aos temas propostos e foi sempre uma mais valia nesses ambientes.
...estas entre muitas mais.
Prometi à ANA desde que tivesse autorização dos meus superiores para continuar comigo, isso aconteceria até ao último dia em que eu como PROFESSOR entrasse numa sala de aula. Hoje tudo está mais complicado para manter esse desejo. O que resta desses espaços está preenchido pelo vazio, escuridão e pela incapacidade de dar COR à VIDA.
Sei que em todos estes anos e já lá vão 16, voltar à ESCOLA os tais 2 ou 3 dias por semana, preenchem os melhores pensamentos da ANA MARGARIDA.
MAIO no fim de mais uma "JORNADA" de + 3 anos com uma TURMA, é necessário também reinventar a continuação deste SER PRECIOSO na nova vida que começará no próximo ano LECTIVO.
Parabéns ANA pelo teu PERCURSO.
MUNDO de CORES TERMINA com muitos SORRISOS de ESPERANÇA
Antes de FÉRIAS
PARALELISMOS
“Estou cansado de conversas que não levam a nada. Meu coração fica doente quando me lembro de tantas palavras boas desperdiçadas e promessas quebradas.
Muitas conversas inúteis foram feitas por homens que não deveriam ter o direito de falar.
Não são necessárias muitas palavras para se dizer a verdade.”
Chefe Joseph, Tribo Nariz Furado
Sioux: os homens-búfalo
Por 30 anos, eles lideraram a luta dos índios americanos para defender seu território nas grandes pradarias dos Estados Unidos. Acabaram exterminados, vítimas do maior genocídio do século XIX.
Estes HERÓICOS GUERREIROS, só foram definitivamente VENCIDOS, depois de LHES terem MORTO os 600 CAVALOS que faziam deles os maiores cavaleiros da HISTÓRIA da AMÉRICA. DEPOIS disso, renderam-se definitivamente...tinham-lhes "DESTRUÍDO" o que lhes restava, para continuarem a lutar pela sua TERRA.
São estes dois pequenos TEXTOS que suportam toda esta reflexão final. Há um TEMPO para TRANSFORMAR e outro para PARAR.
A ESCOLA MUNDO de CORES terminou "MATERIALMENTE" em 2009. Durou exactamente 33 anos. Os últimos 20 neste LUGAR, e foi aqui que foi BAPTIZADA, mas em muitos outros deixou a SUA MARCA. Esta nova forma de COMUNICAÇÃO DIGITAL, apenas veio dar continuidade ao MANANCIAL de registos que tinha nos meus DIÁRIOS de PAPEL-TODOS os ROSTOS e todos os acontecimentos foram "CARIMBADOS" num continuar de PAIXÃO e AMOR ao PRÓXIMO: CUMPRIR como PROFISSIONAL e procurando paralelamente a minha REALIZAÇÃO como "ANIMAL" SOCIAL .
Retratos de papel é outro dos ESPAÇOS onde está todo esse ESPÓLIO.
http://retratossepia.blogspot.pt/
Assim como no CORAÇÃO da TERRA
http://coraoquesenteacordaterra.blogspot.pt/2010_03_01_archive.html
Mas, ANO a ANO... queda sobre queda, continuou até HOJE, 20 de MAIO de 2012... mês das FLORES e do cantar da PASSARADA. O pensamento do CHEFE JOSEPH é de uma SABEDORIA UNIVERSAL, sem limites, muito útil... para a época dura e sem esperança que estamos a VIVER. Para um ÍNDIO não eram e (...Não)são necessárias muitas palavras para estabelecer um PACTO. Penso que nos TEMPOS dos nossos AVÓS também era dessa forma que as relações se SOLIDIFICAVAM.
QUANDO se apertava a MÃO era, definitivamente, para haver entendimento e respeito ... eles fumavam o cachimbo da PAZ e enterravam o MACHADO de GUERRA, como símbolo do ACTO selado e indestrutível .
Hoje, PRIMAVERA, muitas décadas depois, EVOCO a MALDIÇÃO que caiu sobre o último dos GRUPOS dos HERÓICOS cavaleiros das PRADARIAS AMERICANAS... a MORTE de todos os seus CAVALOS,,, ...a derradeira HUMILHAÇÃO e o FIM dos SIOUX.
Naturalmente, a ESCOLA MUNDO de CORES termina aqui . Porque tudo tem um FIM... PRIVILEGIADOS os que percebem a chegada do momento.
DEDICO como POEMA SOFRIDO e assumidamente FELIZ toda esta mensagem (ARTIGO), à memória de CALVET de MAGALHÃES, a PERSONAGEM que me inspirou, e me fez acreditar que
... se poderia fazer de uma ESCOLA um LUGAR diferente... de TODOS ! feito por todos e para que todos se sentissem bem.
Continuo seguro de tal VERDADE.
E, por este MOTIVO, a NECESSIDADE de TRANSFORMAR através de ESTÍMULOS POSITIVOS os LUGARES onde se FAZ ESCOLA, aprendizagem e "CRESCIMENTO".
Devido à especificidade das DISCIPLINAS de ARTE, (...e quem quiser reflectir sobre isto está no bom caminho) os PROFISSIONAIS desta ÁREA nunca poderão ter sucesso sem um suporte VISUAL sólido nos seus ESPAÇOS de trabalho e, claro, um elevado nível CULTURAL, de insatisfação e de EXIGÊNCIA.
Os ESPAÇOS, que foram criados no decorrer destes 20 anos de PRÁTICA LECTIVA, foram de uma utilidade extrema para se obterem resultados e transmitirem símbolos que acompanharão os jovens que os frequentaram,,, pela vida fora.
RELEMBRO um trecho da CARTA do FRANCISCO, uma década depois.Francisco um dos ALUNOS que frequentou a "CATEDRAL":-
Relembrando agora o 7º, 8º e o 9º B dou-me conta da descoberta que foram esses anos. Do salto quantitativo/qualitativo que cada um de nós, à sua maneira, deu.
Há
algo de muito rico, ainda que possivelmente subliminar, que nos
acompanha a partir desses tempos. Prova disso é que nenhum dos muitos outros se
esquece destes 2 nomes: Álvaro Espadanal, nem tão-pouco de uma sala de
aulas onde, pasme-se, existia (ainda existe?) uma sanita encaixada
numa cadeira, com picos à mistura, ou então caveiras (muito
Shakespeariano, de resto), e quadros, e cores, e formas e texturas e...
um mundo!
É isso! É um mundo, é um espaço ao lado do Ensino Secundário, um pequeno paraíso para alguém na idade das incertezas.
Francisco do 9ºB 13/04/2010
Este + um dos SEGREDOS, e a MAGIA de uma BOA PRÁTICA
PEDAGÓGICA
Amar ou odiar: ou
tudo ou nada!
O meio termo é que não pode ser.
A alma tem que estar sobressaltada
Para o nosso barro se sentir viver...
Não é uma cruz a
que não for pesada,
Metade de um prazer não é um prazer;
E quem quiser a alma sossegada,
Fuja do mundo e deixe-se morrer!
Vive-se tanto
mais quando se sente:
Todo o valor está no que sofremos.
Que nenhum homem seja indiferente!
Amemos muito como odiamos já:
A verdade está sempre nos extremos
Porque é no sentimento que ela está!
Fausto Guedes TeixeiraO meio termo é que não pode ser.
A alma tem que estar sobressaltada
Para o nosso barro se sentir viver...
Metade de um prazer não é um prazer;
E quem quiser a alma sossegada,
Fuja do mundo e deixe-se morrer!
Todo o valor está no que sofremos.
Que nenhum homem seja indiferente!
A verdade está sempre nos extremos
Porque é no sentimento que ela está!
(Pedro Cabrita Reis)
Pormenor
TUDO porque VALE sempre a PENA TENTAR!
TUDO porque o AMOR (...QUASE)tudo CONSEGUE!
MUITO POUCO... quando somos SIMPLESMENTE MÁQUINAS de REPETIÇÃO!
As CORES MURCHARAM com o TEMPO, a ÉTICA e o respeito inicial à PROFISSÃO e ao "LUGAR" CONTINUAM...
Com os OLHOS no FUTURO!!!
COMO um SÍMBOLO de PASSAGEM de TESTEMUNHO, além da HOMENAGEM feita à MEMÓRIA do grande ENTUSIASTA do ensino da ARTE, CALVET de MAGALHÃES. Assim como ao PROFESSOR POETA RÓMULO de CARVALHO.
Dedico também ao FUTURO nas PESSOAS de LUIS GRILO, JOANA PICADO da SILVA e a todos os aspirantes a PROFESSORES de ARTE, que se formaram, e hoje vêem a SEGURANÇA e a REALIZAÇÃO como PESSOAS , muito ao fundo do TÚNEL.
As palavras que vos deixo, se tiveram oportunidade de exercer a PROFISSÃO...que sejam exigentes convosco e com os jovens que têm pela FRENTE. Que a vossa atenção esteja sempre alerta, mudem tudo quando é necessário mudar alguma coisa . Actualizem-se permanentemente e defendam a VERDADE e a LIBERDADE. O CORAÇÃO tem a RESPOSTA quando as dúvidas persistirem...nunca sejam " SEGUIDISTAS de nada" porque dessa forma estão a ser usados e nunca conseguirão ter a segurança necessária para "FAZER (K)aminho) o VOSSO CAMINHO, para o MUNDO PULAR e AVANÇAR como escreveu RÓMULO SONHEM e PRATIQUEM MUDANÇA...MUDEM,,,MUDEM,,sempre tudo,,, RENASÇAM todos os ANOS para vosso bem e do sucesso do ENSINO da ARTE.
SORTE para o vosso FUTURO.
TAMBÉM eu que tive alguma importância nesta HISTÓRIA, porque sou um CAMPO de FLORES SILVESTRES PINCELADO de PAPOILAS VERMELHAS.
50-30= 20 ANOS de COR
ESCOLA o LUGAR... o MUNDO das CORES e dos SONHOS!!
NATURALMENTE, tudo terminará em PÓ, as PEDRAS, o AÇO + DURO e até NÓS
que nos achamos "donos" do SABER e de todas as coisas que nos rodeiam.
A RECOMPENSA!
Da VIDA,
PARA a INÊS "FORMIGA", os despojos do SUOR.
Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o Verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga
Que morava perto dela.
Rogou-lhe que lhe emprestasse,
pois tinha riqueza e brio,
Algum grão com que manter-se
'Té voltar o aceso Estio.
- Amiga - diz a cigarra -,
Prometo, a fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,
Os juros e o principal.
A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
- No Verão em que lidavas? -
À pedinte, ela pergunta.
Responde a outra: - eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.
- oh! Bravo! - torna a formiga. -
Cantavas? Pois dança agora!
Fábulas de La Fontaine
(versão de Bocage)
O DESENHO ,,,,!!! ARTE...é MUITO +++ do que PINTAR PAISAGENS!!!
A LIBERDADE da DIFERENÇA.
(LUA BRILHANTE)
Marco Polo descreve uma ponte, pedra por pedra. — Mas qual é a pedra que sustenta a ponte?, pergunta Kublai Khan. — A ponte não é sustentada por esta ou aquela pedra, responde Marco, mas pela curva do arco que estas formam. Kublai Khan permanece em silêncio, reflectindo. Depois acrescenta: — Por que falar das pedras? Só o arco me interessa. Polo responde: — Sem pedras o arco não existe. (Calvino, p. 79)
LIÇÃO FINAL
A
cidade não é construída por nenhum dos sujeitos, nem por a soma deles,
mas ao mesmo tempo não é construída por nada que não seja estes mesmos
sujeitos. A sociedade não é a soma de pessoas, nem mesmo algo além das
pessoas. Imanência pura, a sociedade (e a cidade) é o solo
intersubjectivo (cultura, língua, valores, hábitos) e também os
artefactos e construções intersubjectivas (prédios, indústrias,
máquinas, materiais) que produzem e são produzidas pelos sujeitos. Este
círculo recursivo não contém início: produzimos aquilo que nos produz,
somos subjectivados por aquilo que objectivamos.
In "Cidades invisíveis de Italo calvino.
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